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ILUMINE SEU CAMINHO FINANCEIRO

Querido e querida Viajante,


Quando você viaja, andar sem rumo pode ser uma atividade legal. Vagar por uma cidade desconhecida, talvez ir pingando de lugar em lugar sem reserva de hotel e sem ter o dia todo recheado de programas meticulosamente planejados, cujas avaliações foram estudadas com afinco no TripAdvisor. Às vezes, isso pode significar experiências inesquecíveis; outras, alguns perrengues que, se pequenos, valem tanto quanto as coisas boas, que seja pelas risadas futuras. Agora, se for algo grande, a frustração pode ser de igual tamanho.


Para um planejador paranóico como eu (que geralmente adora rotina e previsibilidade), tentar fazer isso acaba sendo um ótimo exercício de reconhecimento de que a gente não tem controle de 90% do que pensamos ter… Uma bela tentativa de nos livrarmos da ilusão de controle que temos sobre as coisas e adquirirmos mais flexibilidade.


De qualquer forma, o interessante é notar uma certa intencionalidade na falta de rumo. Uma decisão consciente, deliberada. Isso não tem problema algum - quem decide agir desta forma, assume os benefícios e os riscos dos mais variados e aproveita o que tem de bom nessa insegurança. O que é complicado é vagar sem rumo sem intenção. Aí, viajante, você se coloca em maus lençóis, vulnerável a gente que quer se aproveitar dessa inconsciência ou até mesmo esse “carro desgovernado”!


Na viagem da vida, na jornada do planejamento financeiro pessoal, o raciocínio é o mesmo. Só que, ao contrário de conhecer uma cidade nova sem saber onde ir, você provavelmente tem desejos, sonhos, aspirações sobre o que quer para a vida. Eu tenho. Minha esposa tem. Nós temos, como família. Na minha experiência ajudando pessoas nessa jornada, poucas pessoas desejam conscientemente viver uma vida sem rumo, sem direção; e se querem, não o desejam por um longo período de tempo.


Se é assim, por que muitas pessoas não trabalham na tradução financeira destes sonhos e aspirações? Muitas vezes, a própria pessoa não sabe, dentre as aspirações que possui, aquela que é genuinamente dela. Você sabe? Parece óbvio, mas não é.

 

O que você procura talvez seja diferente do que te falam que é...


É raro que você pare para pensar nesse sonho, nessa aspiração que realmente te acende. É complicado mexer em coisas que te são ditas do que se deve ou não se deve fazer.


“Ganhar muito dinheiro”. “Ficar rico”. “Consumir”. “Ter um ótimo emprego”. “Ser funcionário público”. “Ser empreendedor”. “Acordar às 5h da manhã”. “Ser médico”. “Ser advogado”. “Ser engenheira”. “Trabalhar muito”. “Cuidar da família”. “Aposentar-se aos 60”. “Nunca se aposentar”. “Atingir independência financeira aos 30 anos”. “Ser empreendedor digital”. “Trabalhar com o que ama”... e por aí vai.


Será que é em algum destes “comandos” que se encontra sua felicidade? Em mais de um deles? Algum deles é absoluto? Eu acho que não - a felicidade é algo pessoal, único, íntimo. Cabe, então, a cada um de nós procurar estas coisas que nos realizam, dentre as coisas que eu mencionei antes ou quaisquer outras possibilidades. Mas cuidado! Saiba que encontrar esta “coisa que te move” pode doer - afinal, você corre o risco de perceber que vem caminhando na direção oposta, ou sem rumo.


Mesmo assim, vale a pena: esta é a beleza de um planejamento. Está na direção oposta? Pois bem - adquirir a consciência disso é uma das melhores coisas que pode te acontecer, pois, com esta noção, você consegue corrigir a rota e se colocar no caminho.

 

O objetivo suficiente é aquele que ilumina o caminho a ser seguido


Mas será que qualquer sonho ou aspiração é suficiente para te dar energia e fazer você sair da inércia?


Um famoso autor que escreve sobre Planejamento de Vida e Planejamento FInanceiro Pessoal, George Kinder, talvez pense que não. Suas obras sobre Financial Life Planning (“Planejamento Financeiro de Vida” ou “Planejamento de Vida Financeira”) e o processo que ele pratica incluem o amadurecimento da visão do que seriam seus valores e objetivos mais essenciais, para só depois analisar as finanças e alinhá-las a tais objetivos.


Para Kinder, estes “objetivos e valores mais essenciais” devem ser profundos o suficiente para fazer você querer rever seus conceitos e trabalhar para alterar hábitos. Ele chama isso de a “Tocha” que vai iluminar seu caminho financeiro em direção aos objetivos. Quanto mais viva e brilhante a chama, mais forte a disposição para que você remova os obstáculos do caminho.


É uma ideia extremamente interessante (e eficaz), pois o foco do planejamento tradicional acaba sendo em questões meramente financeiras - orçamento, fluxo de caixa, gestão de dívidas, seguros e gestão de risco, planejamento sucessório e tributário. Elas são sim ferramentas importantes, mas se usadas de maneira solta e sem uma luz forte para indicar o caminho, significa andar sem rumo. De nada adianta ter o Waze ou Google Maps se você não informa o destino… Mais ainda: no mundo das finanças pessoais, se você não sabe para onde ir, as chances são grandes de você servir de ferramenta para alguém cumprir seu objetivo.


Isso significa que você, ao definir isso, não pode nunca mais mudar a rota? Não, não. O rumo pode ser ajustado, ou até alterado. O exercício de identificar sua “Tocha”, sua luz, deve identificar algo que não é tão cambiável (pois é ligado intimamente aos seus objetivos e valores mais profundos), mas não significa que não possa ser ajustado. A vida financeira é um filme, algo em movimento, e ajustes nas rotas podem ser necessários. Isso não invalida a definição de um rumo, de uma direção, já que isso traz a possibilidade de uma jornada consciente.


Para ilustrar bem o que eu quero dizer: não seja como a Alice no livro / desenho da Disney “Alice no País das Maravilhas”, que não sabia para onde queria ir… se não, como ela mesma ouviu ao perguntar para onde deveria ir, você ouvirá: “se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”.


Fonte: Disney; Google Imagens.
"Se você não para onde quer ir, qualquer caminho serve..." Gato de Alice no País das Maravilhas

Sendo assim, o convite para você, viajante, é: conheça para onde está indo e tenha convicção do destino. Defina seu rumo, seu destino e, só depois disso, aplique as ferramentas que vão te aproximar disso!


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Um abraço!

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