Queridos e queridas Viajantes,
Chegando o final do ano, a pressão por comprar presentes começa a aumentar exponencialmente… É amigo secreto, amigo ladrão (super divertido, por sinal, se você levar os “furtos” de presentes na esportiva e não se incomodar em sobrar com um belo peso de papel), Natal e mais várias desculpas para comprarmos coisas para amigos, conhecidos e inimigos. Ao mesmo tempo em que podemos tirar felicidade destes momentos (normalmente não ligados aos presentes, mas à nossa presença na vida das pessoas que amamos), o planejamento financeiro pode sofrer.
E, pra complementar, o evento oficial de abertura deste momento de catarse do consumo é a Black Friday. Todo mundo já conhece a ilustração desta época do ano. No período pré-pandemia, a imagem que vem à mente é uma multidão entrando nas lojas de madrugada; todos se acotovelando pelas melhores ofertas, disputando uma TV de 80 polegadas ou qualquer outro item. Hoje, depois do COVID-19, a briga vai ser mais virtual, mas o conceito é o mesmo - a batalha pelos estoques das lojas virtuais.
Sentiu que se encaixou na imagem acima? Talvez não de madrugada, talvez aproveitando as ofertas da Semana Black, ou do Mês Black (sim, os varejistas têm aumentado cada vez mais a temporada de descontos), mas todos nós ficamos com vontade. E não tem problema! Talvez seja uma ótima oportunidade de se adiantar e comprar coisas para você, para a família e para os amigos (sim, meu amigo e minha amiga, espero presentes de Black Friday).
Também em julgamentos, gente - não quero repetir a já batida frase de que "se não comprar nada o desconto é maior". Adoramos o Julius, aquele personagem da série "Todo Mundo Odeia o Chris", citado todo ano perto da Black Friday (e não se engane - a frase é verdadeira), pois queremos ir mais fundo aqui.
Nosso assunto nem é a Black Friday, o que fazer para economizar nela ou não comprar nada. Esta data símbolo de consumo desenfreado só marca o início do momento do ano em que começamos a pensar nos presentes de final de ano. E daí, outra imagem vem à cabeça: o desespero no começo do ano seguinte, causado pelos exageros financeiros de final de ano… A fatura do cartão pesando mais de tonelada, a cabeça (ainda inchada do Réveillon) tentando achar uma forma de pagar a esbórnia dos presentes…
E nessa, você se encaixou? Já se viu nesta situação antes? E mais - será que a gente precisa viver esta imagem? Será que precisamos viver pressionadas e pressionados por dar presentes de uma determinada forma, marca, fabricante, etc?
Na esperança de que eu, minha família e você, leitor ou leitora, não precisemos viver nada disso, pensei em alguns pontos para ajudar você (e a mim, por que não?) a ter uma temporada de compra de presentes mais tranquila e que não seja tão pesada como ter de trabalhar depois de bater três pratos de feijoada em plena quarta-feira. Vamos lá?
1. DÊ PRESENTES POR VONTADE, NÃO POR OBRIGAÇÃO (OU COMPULSÃO)
As obrigações de dar presentes - e, por que não, as compulsões correspondentes - podem vir de uma montanha de expectativas em relação ao assunto. Por sinal, muitas vezes estas expectativas são impostas a nós por nós mesmos. E não vale a pena, acredite: isso só torna uma época de mensagens bonitas e felizes em incessantes viagens ao shopping center e estresse pelo tanto de grana que se está gastando.
Ao nos comprometermos a dar presentes por vontade e não por obrigação, este peso vai lentamente saindo das nossas costas. Presentear volta a ser algo prazeroso, feito com amor, com o coração. Os presentes adquirem mais significado e - pasmem - podemos até gastar um pouco mais (se o orçamento permitir) com quem realmente nos importa.
2. PLANEJE-SE PARA A TEMPORADA!
Só porque você vai dar os presentes porque quer, não significa que vai sair comprando qualquer coisa que vem à cabeça - vontade não precisa significar inconsequência. Sente-se e escreva uma lista de quem estará na lista de presentes, bem como quanto você pretende gastar no total com presentes este ano.
Depois, não se esqueça: siga a lista e respeite os limites que você mesmo estabeleceu para si. Sabe aquela imagem da fatura do cartão pesada? Este é O ponto que vai te ajudar a não se desesperar com sua “generosidade alavancada” no começo de 2022! Compras conscientes são o nome do jogo.
3. ABUSE E USE DA SUA CRIATIVIDADE
O limite do quanto você pode gastar está apertado? Ou, mesmo não estando, cansou de dar vales-presente ou aquela mesma coisa para as pessoas queridas? Abuse e use da sua criatividade.
Primeiro que você pode economizar com isso - fazer um presente com suas próprias mãos pode ter um significado muito mais bonito (e muito mais barato) que o impessoal vale-presente. Se você não tiver habilidades manuais muito desenvolvidas, não tem problema: use sua criatividade para pensar em algo que te remeta à pessoa, que tem o nome dela escrito. A intenção com certeza deixará a pessoa que recebe o mimo mais feliz, mesmo que ela não goste da coisa propriamente dita!
4. DÊ PRESENTES E SEU TEMPO PARA QUEM PRECISA
Talvez seja hora de ressignificar o que significa esta época do ano. Trocar presentes é legal, mas, independente do que você acredita em termos espirituais, o final do ano invoca uma vontade de fechar o ano em um estado de espírito feliz e esperançoso para dias melhores no ano que se inicia.
Mesmo que esse efeito não tenha nenhuma diferença para nossos corpos (que não diferenciam o Natal ou o Ano Novo do dia 03 de junho), a época nos convida à reflexão. E, sendo originalmente uma época de amor e esperança, que tal se você desse parte de seus presentes a quem realmente precisa?
Ajude alguém. Doe dinheiro, dê presentes a alguma instituição de caridade. Dê parte do seu orçamento de presentes a prestadores de serviço que te ajudam durante todo o ano. Dê uma caixinha mais gorda à pessoa que vai te entregar a pizza no dia 20 de dezembro. Não sobrou nenhum espaço no seu orçamento de presentes? Problema nenhum! Dê seu tempo. Faça alguma coisa para alguém que precisa - garanto que isso vai te deixar mais feliz do que qualquer presente que você der ou mesmo receber…
Boa temporada de compras! Aproveite com responsabilidade!
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